CASO IURD: A cordo milionário envolvendo Marcy Lopes, Filipe Zau e Isaías Kalunga

CASO IURD: A cordo milionário envolvendo Marcy Lopes, Filipe Zau e Isaías Kalunga

Os acusados recusaram falar sobre o assunto, exigindo cartas a solicitar o que o Pungo a Ndongo pretende, segundo informações que nos foram transmitidas pelos seus assessores de imprensa
Negócio milionário atrás do templo à ‘guerra’ de disputa de liderança no seio da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola (IURD) continua, e ainda não há nenhum horizonte temporal para as partes chegarem a um entendimento, por conta de envolvimento de algumas figuras da administração pública, da política e da filantropia, que querem tirar dividendos financeiros.
De entre os vários, estão o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Marcy Lopes, da Cultura, Filipe Zau, e o presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Isaías Kalunga, que,segundo fontes familiarizadas com o assunto, são os que lutam incansavelmente para’ oferecer’ a direcção da
igreja ao bispo Alberto Segunda, em troca de dinheiro.
As fontes revelam que os três intervenientes caso consigam passar a liderança a Alberto Segunda, serão agraciados com 25, 22 e 15 milhões de dólares, respectivamente, cujo montante faz parte de um valor de 100 milhões domiciliados no Banco Fomenta Angola (BFA) e no Millennium Atlântico, segundo garantias dadas pelo bispo Edir Macedo, dono de um império mundial, cujas ramificações assentam em Angola, há mais de 30 anos. Terá sido nesta senda que o ministro da Cultura Filipe Zau deu ordens ao Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR) para não reconhecer a liderança do bispo Valente Luís, da
ala angolana, com base numa carta enviada àquela entidade, a que o jornal teve acesso.
As fontes acrescentam que o governante proibiu que esta instituição passe uma certidão de idoneidade a Luís Valente, que o reconheça como o líder espiritual da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, mas orienta, contra todos atropelos, que seja favorecido o bispo Alberto Segunda, representante de Edir Macedo em Angola,mesmo sem se chegar a um acordo de Conciliação.

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Entendidos em assuntos religiosos dizem que o reconhecimento ou não das confissões religiosas é da competência do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos, mas não do ministro da Cultura, e muito menos da Justiça, que tem estado a interferir num assunto que não faz parte da esfera do seu pelouro.
Interferência as fontes do Pungo a Ndongo dizem que a interferência do ministro da Justiça sobre o “ caso IURD-Angola” levantou suspeitas quando às 20 horas do dia 3 de Setembro do ano em curso
convocou uma reunião de emergência no seu gabinete, em que participaram os bispos Luís Valente e Alberto Segunda, tendo determinado que este último passasse a liderar a Igreja Universal em Angola, sem que as partes em conflito chegassem a consenso para a reconciliação, numa altura em que
o processo se encontr(a)va parado. Não se sabia, adiantam as fontes, que
em causa estava afinal um prémio monetário chorudo que devia ser oferecido a Marcy Lopes pelo bispo Edir Macedo, pois só assim se percebe a decisão do jovem ministro que surpreendeu não só os próprios fiéis da Igreja Universal, mas também os mediadores do processo de reconciliação interna, contam as fontes.
Mediação ao Pungo a Ndongo defendem que depois do fracassado encontro de reconciliação, ‘orquestrado’ por Marcy Lopes, o INAR devia ser o único mediador do processo em causa, por acreditarem na idoneidade moral e intelectual dos seus responsáveis, que têm uma larga experiência na mediação e resolução de processos complexos de várias igrejas antes desavindas, agora
reconciliadas. Justificam a presença do INAR para se evitar que os assuntos a serem discutidos não sejam levados para as redes sociais pelos membros da ala do bispo Alberto Segunda, como aconteceu durante as várias rondas de conversações já realizadas.
As informações que foram parar nas plataformas digitais, segundo as fontes, tiveram também uma quota parte para que o processo encalhasse, pois havia ‘quebra de confiança’ da parte brasileira, por entender que já tinha ganho a liderança, depois das supostas negociatas financeiras com os ministros Marcy Lopes e Filipe Zau e Isaías Kalunga,Resgatar dinheiro Denunciam ainda que o verdadeiro interesse de Alberto Segunda e pares é o reconhecimento da sua ala, para permitir o resgate do dinheiro da igreja
congelado em vários bancos, por decisão judicial, e reinstalar o processo de envio deste para a Igreja mãe, no Brasil,onde reside o ‘ pai Edir Macedo’.
Admitem que este é o grande e o único objectivo, avançando que este processo conta também com o apoio do presidente do Conselho Nacional da Juventude, Isaías Kalunga, que, por via da instituição que dirige, tem estado a fazer corredores junto de algumas entidades para que se consuma este
processo. Crente da Igreja Universal do Reino de Deus, e apoiante incondicional do bispo Alberto Segunda, faz parte de um grupo dos que se opõe à reconciliação interna da IURD, por entender
que o seu prelado é o único que deve liderar a congregar em Angola, acusam as fontes.
É apontado como sendo o ‘maestro’ que tem estado a tentar a influenciar alguns membros jovens do seu partido (Comité Provincial de Luanda) para “arranjarem condições” de apoiar Alberto Segunda para ser o representante legal da IURD em Angola, facto que já levantou algum questionamento e animosidade internamente, por se tratar de um assunto que não vincula o partido.

Fonte:Jornal Pungo a Ndongo

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