Redação:Confidencial News
“(…) Dizia Agostinho Neto, em Outubro de 1977, sobre os media: «A informação tem de seguir a política do MPLA (…). Nós exigimos isso dos camaradas: exigiremos que aquilo que sai para o nosso povo seja um reflexo fiel da orientação, da preocupação do Comité Central». (…) Pedalé, Pedro Maria Tonha, Comissário Provincial do Huambo na altura, que apelava à denúncia de familiares que fossem «fraccionistas»: «seja um irmão, seja até o próprio pai», «se ele é traidor, só tem um caminho, o caminho da Justiça, e se é pena de morte é a pena de morte».”

O veterano político do MPLA e general na reserva, Julião Paulo Dino Matross, foi o convidado da terceira edição do projeto “Encontro com a História”, realizado pelo Movimento dos Estudantes Angolanos.
Dino Matross, falou da sua trajetória política e militar, e da história de Angola, desde os tempos coloniais até a data presente.
Ao ser questionado se teve uma participação direta nos massacres do 27 de Maio de 1977, Matross, disse que ninguém quer morrer, e ele como segundo homem da PID na época, teve que dar ordem para as unidades agirem de antecipação, porque os que queriam o poder começaram a matar primeiro.

Quem é Dino Matross
É membro do BP e do Comité Central do MPLA, do Conselho da Revolução, Comandante e membro da Direcção Política Nacional das FAPLA. Participou activamente na perseguição, captura, torturas e fuzilamentos.
Após extinção da DISA, criou-se o Ministério da Segurança de Estado (MINSE) onde foi o primeiro ministro deste órgão.
Recebeu por transição us pustas dos acontecimentos em alusão, sendo por isso um dos melhores conhecedores do processo 27 de Maio. Ainda assim, é co- responsável na falta de divulgação e esclarecimentos do processo. Como recompensa, foi governador de Benguela Secretário Geral do MPLA e hoje deputado.