
Moradores da centralidade de Halavala, no município do Bailundo, província do Huambo, na sua maioria funcionários públicos, estão a abandonar os apartamentos devido ao alto preço da renda resolúvel, que contrasta com os salários,Inaugurada pelo Presidente da República, João Lourenço, em Maio de 2022, a centralidade, com três mil apartamentos, com a tipologia T3, começou a receber os primeiros moradores em Fevereiro do ano em curso, devido a constrangimento de energia eléctrica na maior parte dos
apartamentos.
O Jornal Pungo Ndongo esteve na última terçafeira , 29, naquela centralidade, e pôde constatar que a maior parte dos apartamentos está desabitada. Segundo fontes no local, a maioria dos funcionários públicos que conseguiram residência ganha um salário de até 200 mil kwanzas e outros 80 mil, e pagam as taxas de condomínio, energia eléctrica e água, acabando por ficar sem nada.O mais grave é que a centralidade está muito distante e para quem trabalha na cidade não dá
margem a manobras. Por isso é que muitos preferem abandonar, e não estão a alugar os apartamentos como acontece em Luanda, porque“aqui o poder de compra é muito reduzido”.
Os jovens que preferiram falar na condição de anonimato revelaram também que a estrada principal para a centralidade não tem iluminação e nem sinais de informação, quer na vertical assim como na horizontal, porque se construiu às pressas para agradar o eleitorado que não votou no MPLA. “A juventude do Huambo está cansada com as falsas promessas eleitorais, e já não acredita
na governação de Loth Nolika. Por achar que

as rendas estão caras para o bolso dos funcionários públicos preferiram abandonar e estão a viver nos bairros periféricos em rendas mais modestas do que esse exagero”, lamenta.
Por seu turno, um outro jovem da mesma organização política, considera que naquela centralidade existem pessoas que ocuparam cinco apartamentos e não estão a residir nelas, fazem com que fique às moscas. “As pessoas ligadas à Jota, ao CNJ, ao MPLA, ministros, responsáveis ministeriais também receberam cinco a quatro apartamentos e não existe moradores”, disse.
A centralidade conta com vários equipamentos sociais, com destaque para postos de saúde, escola secundária, instituto politécnico, posto policial, estação de tratamento de água, estação de tratamento de águas residuais e uma subestação eléctrica. Esta centralidade conta com mais de três mil habitações. Os prédios têm quatro andares com oito apartamentos.
De recordar que 902 habitações estão reservadas para os funcionários públicos, 601 para a juventude, 551 para o público em geral e para as empresas públicas e privadas 451 residências.
De referir que este é o terceiro projecto habitacional da província, que já tem a centralidade do Lossambo e a Fernando Faustino.
Fonte Jornal Pungo a Ndongo
