UMAR ALTINO LÍDER ISLÂMICO EM ANGOLA CLAMA AO EXECUTIVO LEGALIZAÇÃO IMEDIATA DA SUA RELIGIÃO

UMAR ALTINO LÍDER ISLÂMICO EM ANGOLA CLAMA AO EXECUTIVO LEGALIZAÇÃO IMEDIATA DA SUA RELIGIÃO

Numa entrevista cedida à Central de Notícias Nova Era, o líder da religião islâmica em Angola lamenta o facto de até hoje não ser legalizada a religião que dirige, e pede ao Executivo o total apoio na reabertura das duas mesquitas encerradas nos municípios do Andulo e no Uige.

O líder do Conselho Islâmico de Angola, Sheik Altino da Conceição Miguel ou “Sheik Umar”, disse que “foi no ano 2021 que realizámos pela primeira vez em Angola o congresso do Conselho Islâmico de Angola e pela primeira vez que temos uma liderança eleita na efectividade por todos as mesmo pauta de Angola.

Sheik Altino da Conceição Miguel, nome islâmico “Sheik Umar”, nascido em Luanda, município do Cazenga, formado em Xaria e direito, islâmico pela universidade islâmica de Medina, Arábia Saudita, muçulmano há 24 anos, é o líder do Conselho Islâmico de Angola basicamente há 4 anos, foi no ano 2021 que realizámos pela primeira vez em Angola o congresso do conselho islâmico de Angola e pela primeira vez que temos uma liderança eleito na efectividade por todos as mesmo pauta de Angola.

Todos os delegados a nível das províncias de todo país “estiveram presentes neste congresso onde ouve uma eleição na qual, fui eleito como Amir, uma espécie de líder ou presidente do conselho islâmico de Angola (CONSIA), actualmente a religião islâmica em Angola está melhor que antes, mas infelizmente nós, nos deparamos com a situação do não reconhecimento oficial por parte do Estado angolano sobre a religião islâmica, a religião islâmica, e m Angola deu-se pela primeira vez a entrada em 07 de Agosto de 1978 então não se admite que até hoje uma religião Universal reconhecida pelas Nações Unidasre reconhecida por todo mundo e todos países basicamente, fizemos uns nenhum país no mundo que não reconhece na sua legislação a religião islâmica”.

“Angola é um caso atípico nesta questão até que a gente faça que consiga este reconhecimento no passado já esteve pior, atualmente em Angola está de uma forma exepito dois casos que temos aqui concretamente na província do Bié, município do Andulo, temos a mesquita lá encerrada e os mussulmanos não conseguem rezar igualmente temos uma obra embargada no município do Uige estes são os dois casos mais candente que está a nos preocupar positivamente, não há liberdade religiosa efectiva nestes dois municípios, senão nós praticamos a nossa religião de forma positiva, uma forma ordeira normal sem reclamação”, referiu.

O líder islamita afirma que “nós já
islamitas diz temos a lei que regula a liberdade do reconhecimento lei recente de 2019 que é a lei 12/ 19 14 de Maio e nós já atacamos já cumprimos tudo que está lei diz, sinceramente já não nos resta mais nada, que seja um compromisso de estado”.

“Até do ponto de vista social acreditamos que o CONSIA, que é o conselho islâmico de Angola, está muito melhor posicionado com relação a outra ala”, disse, acrescentando que “quando falamos do reconhecimento do Islão, estamos apenas, a dar em um reconhecimento o estado no vê como um parceiro legal juridicamente não é se calhar como muitos pensam pedir a legalização ou o reconhecimento para agente rezar, nós exercemos o nosso culto a nossa fé, não precisamos de autorização de alguém por simplesmente eles não se manifestam para dizer que agente tem àquela relação administrativa reconhecida”.

“É bom que isso fique claro, como disse já fizemos tudo e a lei diz então estamos aqui também sem saber o que se passa, este é um assunto de domínio público, a nível local das administrações das autoridades locais do Andulo dominam este caso a nível governamental dominam este caso a nível do governo central dominam este assunto, este não é um caso que estamos a falar de 4 ou 5 anos nós já reportamos várias vezes ao ministério da cultura, e ao INAR, inclusive nós aqui já mandamos de duas ou três delegações”.

Altino diz não compreender que Angola sendo um país de direito democrático e unilateral, não conseguimos compreender que em todas as províncias reza-se normalmente excepto nestes dois municípios, a gente não consegue compreender, agente nos perguntamos qual é o motivo qual é o argumento que estas duas autoridades locais destes dois municípios destas duas províncias levantam para a reza nestas duas províncias, por exemplo temos um caso concreto no Bié tem Mesquita no Kuito, reza-se normalmente então como é num outro município não sei quanto quilómetros são tem outro entendimento numa mesma instrutora tem outro entendimento.

“A nível nacional não temos um censo oficial, mas penso num censo aleatório se calhar estamos a falar acima de 100 mil fiéis”.“O Islão é paz, o Islão tem princípios e um dos princípios do Islão é preservar a vida humana, e para preservar a vida humana e ter todas as condições necessárias para um homem se sentir bem, se sentir valorizado enquanto ser-humano e a situação social de Angola é um assunto de domínio público, eu não me lembro ter vivido ou ter assistido pelo menos situações de calamidade de extrema pobreza como agora e se calhar não é só em Angola se passa este tipo de situação, mas agente fala de dados enquanto angolano as coisas não está boa , os de direito tem trabalhado, do trabalho vem resultados, muitas das vezes vir nos mostrar vários números estamos bem estamos a subir estamos a envoluir estamos a desenvolver, mas nos factos estamos a ver o contrário infelizmente agente está a lamentar a situação social que o país atravessa”.O conselho islâmico de Angola, “que eu dirijo há 5 anos, que luta para a reconciliação com o outro grupo, nós já fizemos todas tentativas a nível interno, já usamos todas influência possíveis sabes que o conselho islâmico de Angola é uma é constituído de muitas nacionalidade quase todas as nacionalidades estão cá em Angola e um ou dois são mussulmanos e de maior abrangência são os irmãos de oeste africano, estamos a falar de país como Senegal, Mali, Guiné Bissau, Guiné Conacri, todo aquele da CEDEAO que tem aqui as suas comunidades muito forte, nós já usamos influência de todas estas organizações estás comunidades para intermediar no nosso caso, já vieram ter conosco, nós já mostramos toda abertura possível foram ter com o outro lado, infelizmente o outro lado, outro lado negou, nós já usamos as embaixadas estamos a falar das embaixadas de países que fazem parte da CEDEAO, também o outro lado negou, inclusive o próprio estado em nome do ministério da cultura, representado pelo Instituto Nacional de Assuntos Religiosos, INAR já convocou os dois grupos, por duas ou três vezes, nós mostramos toda abertura possíveis, o outro lado mesmo perante o estado negou”.“Temos toda documentação, todos processos, todos protocolos, todas cartas, convites, temos um processo volumoso relativamente a reconciliação entre as duas partes, mas infelizmente a outra parte nunca se interessou, os desentupimento não gostou disso não gostou daquilo leva sempre numa divisão e nós temos falado sempre já várias vezes mais do que agente regressar no passado que já tentamos fazer isso não resultou então vamos começar a olhar no presente para o futuro”.

É saudável como disse nós reconhecemos que exercemos a nossa liberdade religiosa na paz as nossa mesquitas estão abertas, nossos centros de estudos para as nossas crianças funcionam normalmente, a gente veste como muçulmanos normalmente, sem represálias nenhumas, as nossas senhoras igualmente, um ou outro caso do outro lado acontece, como por exemplo do encerramento das mesquitas das duas províncias também tem surgido algumas situações por exemplo principalmente para as senhoras quando usam o uniforme ou o véu islâmico em algumas instituições tentam complicar por exemplo para tratar de alguns documentos a questão por exemplo bilhete de identidade do passaporte tentam uma ou outra, tentam complicar também nos nomes nós os mussulmanos temos a cultura de ter os nomes próprio e estes nomes também as vezes quando agente está para ir registar os nossos filhos em um outros caso há uma pequena complicações, mas depois de um diálogo há entendimento.

“Cá em Angola só para dizer que nós estamos na terceira geração dos mussulmanos cá, podemos dizer que os primeiros mussulmanos em Angola aparecem em 1970 até 1980 a primeira geração até 90 e temos esta terceira de 2000 se nós ficamos mussulmanos há 20 anos atrás hoje a minha filha de 20 anos já é mussulmana já têm também o seu filho que também naturalmente vai ser mussulmano então estamos a entrar na quarta geração, e mas do que aderência de angolano, mas do que isso é de preservar aquilo que é nosso a nossa geração”.

A mensagem que eu deixo primeiramente “é relativamente a situação que está gerar a nível mundial a descriminalização do terrorismo que está acontecer entre a Palestina e o Israel sabe nós os mussulmanos o conselho islâmico de Angola, então logo começou este conflito, protestamo comuna carta a repudiar os actos de primeiramente seja do Hamãs e depois do Israel e infelizmente até assistido diariamente o massacre discriminado de Israel para com povo da palestina, nós enquanto mussulmanos não podemos ficar em diferentes a isso repodiamos está atitude de Israel que estão na realidade a praticar crimes de guerra crimes contra humanidade aquilo é um terrorismo de estado”.Apelamos ao governo de Israel que pare com esta hostilidade, apelamos às Nações Unidas, a todos os países, a União Africana de uma forma concisa e unida que repudia estes actos de Israel para com o povo palestino.

Apelamos mais uma vez ao bom senso do governo angolano nesta liderança do Presidente João Lourenço, que reconheça a religião islâmica, reconhecendo a religião islâmica a nossa relação será muito mais aproximada, muito mais concisa, muito mais séria.

“Nós estamos aqui de braços abertos para sermos parceiros diretos, um parceiro de um grande significado para o estado angolano, a religião islâmica em Angola tem muito para dar, são muitos muçulmanos em Angola, sejam nacionais como estrangeiros, aquilo que nós temos feito nas nossas actividades sociais sejam académicas ou desportivas, temos ajudado muitas famílias nas comunidades, a gente só não faz muito mais ainda porque temos este impasse da não legalização, então legalizando a religião islâmica, as nossas actividades, os nossos trabalhos em prol da sociedade angolana serão muito mais benéficos, este é o meu pedido”, concluiu.

Fonte: Jornal Nova Era

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